O silêncio é uma língua que só usamos se tivermos o dicionário certo...
quarta-feira, 31 de março de 2010
CONTESTAR
Um dia saí à rua
Olhei e perguntei
Se havia palavras que comprassem 66 imagens
E durassem 6 dias
Então, sereno, coube nas palavras
E disse: "Sim, franjinhas nesse ar de cigano, não és o único
O teu trigo já foi meu pão"
O mesmo trigo da boca o pão me tirou
Sem saber como, germinou e asas ganhou
Suou a água que secou
E dois olhares foram chamados
A rastejar para o vazio
Da culpa só lhe conheço o prazer do orgulho
31/3/2010
terça-feira, 22 de dezembro de 2009
Um presente de Natal
Divertir a audiência, o convidado, os apresentadores, a responsabilidade de aliciar a seguir a Conan O' Brien na antena. Uma pequena grande prenda para um pequeno grande Natal. Feliz Natal!
JULIAN CASABLANCAS - I WISH IT WAS CHRISTMAS TODAY live, Late Night With Jimmy Fallon, 21/12/2009
segunda-feira, 21 de dezembro de 2009
2009
Por isso, talvez seja difícil falar em melhores da década, quando centenas de bandas farão sempre parte da nossa lista de bandas que não singraram mas que trouxeram bons momentos. É o caso dos The Idle Hands, de que ouvi falar em 2006 e que só este ano editaram o álbum de estreia que agora vou ouvir. “Loaded”, a canção que me fez interessar por eles, é uma canção que muitas bandas de sucesso desta década quiseram mas não conseguiram escrever. Os melhores da década serão, sem dúvida, quem desta década conseguimos aproveitar para ouvir no futuro e quem queremos já ouvir com disco novo em 2010 ou no dia seguinte a beijar os ouvidos com o nosso álbum, a nossa música preferida. Tal não significa que vamos comparar estritamente um “Heathen Chemistry” dos Oasis com um “Elephant” dos White Stripes. É óbvio que discos como este último ou “Kid A” dos Radiohead são discos históricos desta década, de génios que mudaram claramente a música que se fez e se vai fazer.
Confesso que o maior prazer que tenho nesta altura em que se fazem as listas dos melhores do ano é poder saber quais os melhores para quase toda a gente e poder aprender mais um pouco – isso inclui ouvir outros discos que não ouvi durante o ano.
Infelizmente, 2009 foi dentro desta última metade da década em que houve um acentuado “boom” criativo em diversas áreas da música alternativa o ano em que tanta inovação e tanta gente nova não conseguiu criar um disco que valesse mais que 4/5 ou 8/10, sensação com que até já tinha ficado quando me propus a fazer o balanço do ano anterior. Contudo, se considero que “Intimacy” dos Bloc Party pode ser considerado um dos discos desta década, também considero que o melhor disco de 2009 é merecedor dessa distinção com menor peso na consciência até - “Phrazes for The Young” de Julian Casablancas.
Ninguém esquece “Is This It” dos Strokes, um dos discos que personifica claramente o futuro da música: a inovação é perfeitamente subjectiva. Podemos perguntar se os Television não teriam feito algo semelhante, mas os Strokes e os Television são, em perfeita terminologia futebolística, dois jogadores da mesma posição. Convém é não nos esquecermos que não há jogadores idênticos, e que cada um dá o seu toque à sua posição. Daí que “Is This It” seja agora tão elogiado: porque ao fim de tantos anos, ainda sobra a energia e conspicuidade de temas como “Hard To Explain” ou “Take It or Leave It”.
Quanto a “Phrazes for The Young”, é um tremendo exercício de pop a la Strokes. Não há melhor descrição: ouvimos um passeio de Mr. Julian agasalhado com a garra dos Strokes na passadeira vermelha da melhor pop contemporânea de inspiração claramente anos 80, com um copy-paste directo ao “good feeling”. Nenhum tema é a pop que ouvimos, mas todos os temas não constituem menos que uma interpretação decente da criação artística de música…pop. São apenas 8 canções, nem mais nem menos, onde quem pensava que os Strokes poderiam estagnar vê aqui o sucedâneo ideal de “First Impressions of Earth”, e onde quem não concorda ou sequer se importa com isso, viaja pela melhor criação a solo de um líder de uma banda de topo desde “Viva Hate” de Morrissey. Porquê esquecer o bom que já se fez e não olhar para tudo isso ao contrário?
Para além de “Phrazes for The Young”, também marcaram para mim o mercado fonográfico de 2009 os discos dos Yeah Yeah Yeahs, Pet Shop Boys, IAMX, Girls, Doves, Antony and The Johnsons, The Pains of Being Pure At Heart, Royksöpp, Animal Collective, Bruce Springsteen, Gossip, Junior Boys, The XX, Phoenix, Zoot Woman, The Horrors, Franz Ferdinand, Neko Case, Dirty Projectors, Fever Ray, Grizzly Bear, Sonic Youth, Arctic Monkeys, Them Crooked Vultures, entre tantos outros. Na pop mainstream, Rihanna e Beyoncé continuam no topo e as novas meninas como La Roux e Little Boots deram-se a conhecer em grande estilo e com grandes canções merecedoras da luz de estrelas. 2009 foi o regresso dos U2 ao melhor, no melhor disco desde, talvez, "The Unforgettable Fire" de 1992.
Quanto a discos editados em Portugal, os destaques são óbvios e em grande quantidade: Micro Áudio Waves, B Fachada, Samuel Úria, Os Golpes, David Fonseca, Million Dollar Lips, Diabo Na Cruz, Doismileoito, Macacos do Chinês, Três Cantos, Smix Smox Smux, Os Quais, Legendary Tiger Man. Voltou a ser um ano em que se fez muita e boa música portuguesa e em que cantar em português parece estar na moda, é fixe e é diferente, é novo. Uma óptima forma de olhar para a música portuguesa, baseada num conjunto novo de artistas que trouxeram grandes ideias para a nova música deste país, não só em português como em Inglês, ao longo de toda a década, com pretensões de internacionalização conseguida muitas vezes a pulso. Espero que as pessoas não entrem em modas exageradas e hiper-patrióticas e que saibam ver o que é bom e não é sem o preconceito generalizado da língua, comprando bons discos de artistas portugueses.
Em outras áreas, não há grandes destaques a fazer. A televisão portuguesa só tem quase interesse se for por cabo, e no cinema, há muito dinheiro mas nem sempre as ideias têm algo cinematograficamente interessante. Por isso, Jon Stewart continua igual a si próprio, tal como Conan O’ Brien que passou para o horário nobre; também a Liga dos Últimos continua em grande forma e o 5 Para a Meia-Noite é finalmente o programa que junta entrevistas, gente à frente e atrás das câmaras, humor, convidados e conteúdo digno de aposta, sem esquecer o magnífico "Daily Show" versão Gato Fedorento (algumas vezes talvez muito colado ao original e algo desinspirado) e Os Contemporâneos. Quanto a séries, para além das excelentes “House”, "Weeds", “Lost”, “Flight of The Conchords”, “Dexter”, “Family Guy” ou “Heroes”, há a adição de séries como “90210”, “Mad Men”, “Flashpoint”, “Flashforward”. A rádio perdeu António “The Greatest” Sérgio e ainda não consegue deixar de ir atrás dos fenómenos do momento e apostar numa programação sólida e racional segundo uma linha definida para o ouvinte. É isso que, felizmente, a Radar, a Antena 3, a TSF e a Oxigénio têm feito com grande coragem e brilhantismo: o programa sobre António Sérgio que ocupou toda a noite é o melhor presente que se pôde dar a quem gosta de rádio.
Quanto a filmes, os óbvios “Public Enemies”, “Inglorious Basterds”, “District 9”, “A Troca”, “Capitalismo: uma história de amor”, “Moon”, “Ice Age 3”.
Sublinhando a linha que fica deste post, fica em ideia de ironia “Take It or Leave It” pelos The Screening (não é uma versão dos Strokes) e “Loaded” ao vivo, dos The Idle Hands. Sejam felizes!
THE SCREENING: TAKE IT OR LEAVE IT live (2006)
THE IDLE HANDS: LOADED live (the heart we broke on the way to the show, 2009)
quinta-feira, 10 de dezembro de 2009
MUSE, 29/11/09, PAVILHÃO ATLÂNTICO
Quase no final do mês de Novembro, chegou o dia em que os Muse voltaram a Portugal para um concerto em nome próprio e satisfizeram por completo as expectativas de quem os quis ver, fosse fã mais recente ou mais antigo de "Matt Bellamy e amigos".
Antes do "apocalipse" anunciado, os Biffy Clyro encarregaram-se de abrir a noite entreligando canções de álbuns anteriores ("Puzzle") com as canções de "Only Revolutions", o novo CD. Arrancaram bastantes aplausos de uma audiência não muito conhecedora do seu trabalho, embora tivessem sido prejudicados pelo som demasiado alto do Atlântico, som este que por vezes conseguia deixar perceber as boas canções dos Biffy Clyro, como foi o caso da nova e excelente "Bubbles".
A aproximação ao concerto foi feita rapidamente com os olhos postos numa excelente animação projectada em que no meio do palco parecia estar um prédio com pessoas a subir escadas...mas que de repente começaram a cair. Não mais dúvidas restavam: estávamos perante um espectáculo audiovisual inovador e carregado de drama.
Sem pensar, a expressão "cair o pano" torna-se mais sui generis que nunca e surgem os 3 rapazes elevados acima do chão numa plataforma onde também surge vídeo, bem como no painel superior que suportava as luzes do concerto. "Uprising" foi o tema escolhido para começar a marcha em direcção a uma noite inesquecível feita das grandes canções dos Muse do passado e de grande parte do novo registo "The Resistance". Sempre acima do palco, seguiram-se "Resistance" e, sem o vocalista ao piano, uma "New Born" inesperada e sempre arrepiante. Finalmente descem ao nível do palco, para voltar a subir mais tarde na hora de "United States Of Eurasia"e no encore. Antes deste, o Pavilhão Atlântico abalou quando, após irrepreensível cantoria das letras das novas músicas também elas tocadas sem falhas, a plateia é por fim introduzida a "Plug In Baby" e "Time is Running Out" e pôde finalmente extravasar toda a energia contida que serviu para se ouvir a exibir para si mesma os refrões destas duas músicas, antes da nova "Unnatural Selection".
Então finalmente houve tempo para travar o frenesim alucinante e receber ao piano acima do palco Matthew na inesperada "Exogenesis Symphony Part 1: The Overture". Mas o frenesim voltou para cobrar "Stockholm Syndrome" e a final "Knights of Cydonia", para acalmia de todos e balanço final das canções que falharam num alinhamento certo e sem regressos mais profundos ao passado dos Muse.Na despedida, Dominic Howard, o baterista, fala com calor ao público e partilha a satisfação dos Muse pelo ambiente que sempre encontram em Portugal, prometendo uma visita, entretanto já confirmada, em 2010.
Se o melhor concerto do ano, se um dos melhores, não houve decerto lugar para desencanto no final de tão grandioso momento.
Alinhamento:
Uprising
Resistance
New Born
Map of The Problematique
Supermassive Black Hole
MK Ultra
Hysteria
United States of Eurasia
Feeling Good (Nina Simone)
Guiding Light
Undisclosed Desires
Starlight
Plug In Baby
Time is Running Out
Unnatural Selection
Encore
Exogenesis Symphony Part I: Overture
Stockholm Syndrome
Knights of Cydonia
P.S: Este texto também pode ser lido em www.nucleoradioaefful.blogspot.com
KINGS OF CONVENIENCE, 4/11/09, COLISEU DOS RECREIOS
No dia 4 de Novembro os Kings of Convenience, Erlend Øye e Eirik Glambek Bøe, estiveram no Coliseu da capital com o propósito de divulgar as canções do novo "Declaration of Dependence", embora como esperasse não tenham deixado de fora os anteriores dois álbuns que são claramente presença obrigatória no memorial discográfico desta década.
Na primeira parte esteve Javiera Mena, a única cantautora que fala espanhol que Erlend diz conhecer, actuação que serviu para mostrar algumas boas canções mas acima de tudo a impaciência do público ansioso por ver o duo norueguês em palco.
Chegados a palco, Erlend e Eirik atiraram-se de pronto a uma sequência de 3 temas do novo longa-duração, "My Ship isn't Pretty", "24-25" e "Me In You". Não totalmente rendida, a plateia era, todavia, um poço de silêncio respeitador interrompido no final dos temas por aplausos convictos mesmo dos que não conheciam o novo CD todo. Entre canção e canção, começava o show de Erlend com Eirik a dar também algumas ideias, em que se falou do carinho que o duo vê no público português e que preferia ouvir em forma de estalidos nos dedos e não de palmas que desencontradas no tempo chegavam desencontradas ao ouvido de Erlend, do desagrado de Erlend de ser fotografado (de tal forma que interrompeu o concerto só para fazer poses fotográficas), e também da primeira vez que Portugal os viu (2001) ao contrário da primeira vez que Espanha os viu (...2009). Um ambiente perfeitamente caseiro, com histórias e histórias curiosas e engraçadas, de comunhão entre público e audiência, que com o desfilar dos grandes temas de álbuns anteriores ("Misread", "Love is No Big Truth", "Know-How" e "Homesick" entre outros) começou lentamente a soltar os pés da cadeira, a cantar letra a letra sem cessar, a entrar dentro do espectáculo.
Já com a ajuda de Tobias Hett no violino e David Bertolini no contrabaixo, os Kings of Convenience ingressam num sem-fim de melodias tranquilas, começando em "Stay Out of Trouble" e passando pela inesquecível "Misread" sem piano, em que Erlend convidou a plateia a levantar-se e a estar como quisesse. Seguem-se "Boat Behind" e, para surpresa geral, "I'd Rather Dance With You" em versão acústica mas com o ritmo mexido intacto, no clímax em que qualquer um pôde entrar para o palco e dançar com um Erlend tomado por inocência infantil, dançando e dançando até se refugiar com os colegas na parte de trás do palco. Mas o espectáculo tinha de continuar, porque "Cayman Islands" não poderia faltar, seguida neste caso de "Little Kids", cantadas ambas em uníssono com os espectadores. Erlend mostrava o público o que este podia e queria fazer, espalhava liberdade mas também pelo meio simulou um trompete com a boca na interpretação sensacional da melodia da "Pantera Cor-de-Rosa" e cantou quase em brasileiro perfeito "Corcovado", um original de Tom Jobim.
No fim de contas, tudo não passou de uma alegre brincadeira de crianças em corpo adulto, a que foi impossível não sorrir involuntariamente de alma cheia.
Alinhamento:
My Ship Isn't Pretty
24-25
Me In You
Love Is No Big Truth
I Don't Know What I Can Save You From
Second To Numb
The Power of Not Knowing
Singing Softly to Me
Homesick
Know-How
Stay out of Trouble
Mrs. Cold
Renegade
Rule My World
Misread
Boat Behind
I'd Rather Dance With You
Encore
Corcovado (Tom Jobim)
Cayman Islands
Little Kids
P.S: Este texto também pode ser lido em http://www.nucleoradioaefful.blogspot.com/
domingo, 4 de outubro de 2009
Não! Sinto-me como uma flor em Marte!
Desespero: sinto-me apenas cheio de pedras
que me tornam vazio e sem fim
Não as respiro nem as sorvo
Tudo parece uma feira de vaidades
um triste festim
Porque o que devia esticar como a sola dos meus pés
Quebrou-se p'ró que resta de mim
My_Little_Bedroom
domingo, 30 de agosto de 2009
[NÚCLEO DE RÁDIO] THE DOUPS
Se estamos de volta à actividade, também a faculdade está aí...
(ahm...time to rewind...)
Coisas importantes: quem se lembra dos The Doups? Estiveram, para minha surpresa, nas Purple Sessions versão 09, pois já os conhecia da Internet e da blogosfera e não acreditava que pudéssemos ter o privilégio de ter uma banda jovem mas já tão bem organizada a concurso. Foi o que desde sempre mostraram, com a postura profissional mas aberta, como pude ver pelas poucas palavras que pude trocar com o André, baterista da banda, pelo o EP que já sabia ter sido gravado em Inglaterra a convite de Harvey Birrell que já tinha produzido temas dos Buzzcocks, por exemplo, e depois pela actuação, onde se viu uma banda perfeitamente entrosada e ciente da sua música, não escondendo as raízes do que tocam, e com "Try Lie Die Whatever" como um single mais que óbvio. Não foram premiados, e com prémio ou sem prémio já eram uma banda com boas perspectivas de internacionalização, até mais do que lançamento no mercado nacional pelo que me pareceu.
Não pretendendo ou conseguindo ser especialmente inovadores, têm uma frescura pouco vista no som e a certeza de não serem mais uma promessa musical.
sexta-feira, 26 de junho de 2009
A pop caiu também
E não para quem sonha que pode conquistá-lo, ainda que tenha razão."
TABACARIA
Álvaro de Campos (Fernando Pessoa)
Estafadíssimo de mais uma época de exames desgastante, cheguei a casa apenas às 11 da noite.
Fui matar saudades do poder informativo da Internet e correr todos os sítios de interesse intelectual, incluindo alguns sites informativos americanos. Entretanto, li um título. "Michael Jackson morreu". Pensei que era mais uma paródia feita de paragonas no título. Percebi que havia alguém que tinha mesmo avançado com essa notícia, mas era o TMZ.com (sítio sobre o qual ouvi palavras incrivelmente duras ontem nos media portugueses, que não admitem menos que uma "conspurcação" da vida dos famosos feita nesse site). Meia-hora depois, todo o Mundo começou a falar sobre este acontecimento. E, no fim, acordei ainda mais cansado do que já estava antes de tudo isto.
Não há muito a dizer de alguém que aos 5 anos, já era cabeça-de-cartaz de uma banda, por sinal os Jackson 5, nenhuns desconhecidos.
Recordo com imensa saudade já "Beat It", uma das mais gigantescas canções "pop" alguma vez feitas. Quando parecia finalmente começar a granjear dentro do público global que o conhece mais ou menos bem um estatuto definitivo de indefectível na cultura pop depois de abafado por quase 20 anos de decadência a vários níveis, quando o único disco que até hoje vendeu mais de 100 milhões de cópias em todo o Mundo e que é o "sonho americano" da indústria discográfica mundial fez 25 anos, quando artistas vários lhe foram mostrando respeito e raízes (veja-se o caso dos Fall Out Boy que fizeram uma cover de, precisamente, "Beat It"), quando prometia voltar para um último adeus, o estuque caiu.
Tudo o que representa a canção em vídeo encontra-se veiculado no comentário que fiz hoje no PLANETA POP:
"Nem de propósito, quando soube da notícia tinha acabado de chegar a casa e estive toda a noite a ver a sky e a CBS. Foi também a música que me veio logo à cabeça e a que mais gosto, sem dúvida. Resume tudo o que Michael Jackson foi: o protótipo perfeito de estrela pop, com uma grande equipa atrás, mas com qualquer coisa a mais que os demais, qualquer coisa a mais para a sua época. Um arquétipo díficil de esquecer e suplantar pelas ruas da pop contemporânea para massas, sem dúvida."