quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

MUSE, 29/11/09, PAVILHÃO ATLÂNTICO



Quase no final do mês de Novembro, chegou o dia em que os Muse voltaram a Portugal para um concerto em nome próprio e satisfizeram por completo as expectativas de quem os quis ver, fosse fã mais recente ou mais antigo de "Matt Bellamy e amigos".
Antes do "apocalipse" anunciado, os Biffy Clyro encarregaram-se de abrir a noite entreligando canções de álbuns anteriores ("Puzzle") com as canções de "Only Revolutions", o novo CD. Arrancaram bastantes aplausos de uma audiência não muito conhecedora do seu trabalho, embora tivessem sido prejudicados pelo som demasiado alto do Atlântico, som este que por vezes conseguia deixar perceber as boas canções dos Biffy Clyro, como foi o caso da nova e excelente "Bubbles".
A aproximação ao concerto foi feita rapidamente com os olhos postos numa excelente animação projectada em que no meio do palco parecia estar um prédio com pessoas a subir escadas...mas que de repente começaram a cair. Não mais dúvidas restavam: estávamos perante um espectáculo audiovisual inovador e carregado de drama.
Sem pensar, a expressão "cair o pano" torna-se mais sui generis que nunca e surgem os 3 rapazes elevados acima do chão numa plataforma onde também surge vídeo, bem como no painel superior que suportava as luzes do concerto. "Uprising" foi o tema escolhido para começar a marcha em direcção a uma noite inesquecível feita das grandes canções dos Muse do passado e de grande parte do novo registo "The Resistance". Sempre acima do palco, seguiram-se "Resistance" e, sem o vocalista ao piano, uma "New Born" inesperada e sempre arrepiante. Finalmente descem ao nível do palco, para voltar a subir mais tarde na hora de "United States Of Eurasia"e no encore. Antes deste, o Pavilhão Atlântico abalou quando, após irrepreensível cantoria das letras das novas músicas também elas tocadas sem falhas, a plateia é por fim introduzida a "Plug In Baby" e "Time is Running Out" e pôde finalmente extravasar toda a energia contida que serviu para se ouvir a exibir para si mesma os refrões destas duas músicas, antes da nova "Unnatural Selection".
Então finalmente houve tempo para travar o frenesim alucinante e receber ao piano acima do palco Matthew na inesperada "Exogenesis Symphony Part 1: The Overture". Mas o frenesim voltou para cobrar "Stockholm Syndrome" e a final "Knights of Cydonia", para acalmia de todos e balanço final das canções que falharam num alinhamento certo e sem regressos mais profundos ao passado dos Muse.Na despedida, Dominic Howard, o baterista, fala com calor ao público e partilha a satisfação dos Muse pelo ambiente que sempre encontram em Portugal, prometendo uma visita, entretanto já confirmada, em 2010.
Se o melhor concerto do ano, se um dos melhores, não houve decerto lugar para desencanto no final de tão grandioso momento.


Alinhamento:

Uprising
Resistance
New Born
Map of The Problematique
Supermassive Black Hole
MK Ultra
Hysteria
United States of Eurasia
Feeling Good (Nina Simone)
Guiding Light
Undisclosed Desires
Starlight
Plug In Baby
Time is Running Out
Unnatural Selection

Encore

Exogenesis Symphony Part I: Overture
Stockholm Syndrome
Knights of Cydonia

P.S: Este texto também pode ser lido em www.nucleoradioaefful.blogspot.com

2 comentários:

Tiago Fortuna disse...

muito bem, concordo plenamente escreves lindamente vou-te linkar.

http://musicstuff-musicstuff.blogspot.com/
(se puderes comente (uma critica construtiva))

Bina disse...

estou agora msm a relembrar o quão desidratados ficámos a seguir a plug in baby. Meu Deus, estivemos lá!